Foi uma das maiores catástrofes que a Madeira conheceu.
Antes e depois deste existiram outros, todavia devido à sua dimensão, danos físicos e materiais ficará para a história como um dos mais inesquecíveis.
O facto ficou a dever-se à intensa chuva que caiu pela manhã em toda a ilha, ou seja, o concelho do Funchal não foi o único afectado,
Embora com menor número, Machico, Santa Cruz, Campanário, Ribeira Brava e Calheta também registaram grandes estragos.
Em relação ao Funchal, a pluviosidade constante e intensa galgou ribeiras e, no caso da Ribeira de João Gomes rebentou em três diversos pontos.
O bairro de Santa Maria Maior foi um dos mais atingidos, sendo o cálculo de 200 mortes só nesta área.
Zonas mais afectadas:
- Ribeira de João Gomes
- Bairro de Santa Maria Maior
- Igreja de Nossa Senhora do Calhau (ficava na margem esquerda da ribeira de João Gomes, entre a Rua de Santa Maria, Rua Nova de Santa Maria. foi erguida por volta de 1430, na altura com espaço apenas para
- Ribeira de Santa Luzia
- Ponte do Bom Jesus
- Rua dos Tanoeiros
- Rua Direita
- Rua Valverde
- Rua de Santa Maria
- Rua do Hospital Velho
Os desalojados foram abrigados em edifícios públicos e privados.
Como depois de qualquer catástrofe, impunha-se uma reconstrução, sendo que o encanamento das ribeiras era o passo prioritário. Foi neste sequência que o governo central enviou à Madeira o brigadeiro Reinaldo Oudinot. Segundo Fernando Augusto da Silva
“ Revelou a maior competencia no desempenho do cargo em que fora investido e nele desenvolveu uma pasmosa actividade, conseguindo num período relativamente curto de tempo fazer o encanamento das três ribeiras que atravessa o Funchal ”
A história de qualquer cidade passa por alterações arquitectónicas ou toponímicas não só devido à sua época, costumes e habitantes mas também devido às (re)construções resultantes de catástrofes naturais.
Bibliografia consultada:
SILVA, Fernando Augusto da; MENESES, Carlos Azevedo de – Elucidário madeirense. Funchal: Direcção Regional dos Assuntos Culturais, 1998. Edição fac-similada da edição de 1940-1946. Vol.1, p.54-56.