Anúncio publicitário retirado do Diário de Notícias de 1940.
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Octávio José dos Santos nasceu no Funchal a 17 de Janeiro de 1900.
É filho de José Anacleto dos Santos e de Maria Gomes dos Santos.
Formou-se em Teosofia pela Universidade da “Star” de Adyar e com o curso de Ciências Herméticas do Osírianum, de Luxor e é diplomado pelo Sage Institute of Science de Paris e pelo Science of Thought Institute de Chichester e possui o título de “Magister Artium et Philosophiae” da “Universidade da Ordem de Antares” de Trieste. No Funchal foi responsável por três cadeiras científicas: Trofologia, Mentalismo e Astrognose.
Viajou um pouco por todo o mundo, incluindo Ásia, América do Norte e América do Sul.
Segundo Luís Marino.” É poeta e prosador original, requintadamente pagão, dotado de uma sensibilidade dionisíaca. É um eterno enamorado da beleza helénica, possuidor de um estilo inconfundível e singular.”
Assinou vários poemas com outros nomes, entre eles Príncipe da Arcádia; Cavaleiro do Cisne e Filósofo Y.
Publicou em vários periódicos regionais, dos quais:”Século
Foi amigo íntimo de Horácio Bento de Gouveia participou numa tertúlia da qual também faziam parte Albino de Menezes, Manuel Ferreira Rosa e Abel de Abreu Nunes.
Participou na Revolução da Madeira (1931) e chegou a ser detido no Lazareto por afixar panfletos no café “Indiana”.
Em 1990 foi homenageado pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura.
O seu espólio (documentos pessoais e três colecções literárias de poesia e prosa) foi recentemente doado ao Arquivo Regional da Madeira por Maria de Lurdes Freitas Soares Abreu de Oliveira, onde poderá ser consultado depois do tratamento arquivístico. Ver mais informações em:
http://www.arquivo-madeira.org/item2_detail.php?lang=0&id_channel=23&id_page=200&id=62
Morreu a 4 de Junho de 1992. Segundo Tolentino Nóbrega, “O meu desejo é ultrapassar a esferal da realidade milenária e triste:/o alimento que se espera, /nem só de pão consiste. Ontem cumpriu-se o desejo de Octávio Marialva”
* Data do seu nascimento não está clara. Quer Luís Marino quer Fernando Augusto da Silva referem 1900, Fátima Dionísio, porém, acrescenta 1886, Tolentino de Nóbrega diz 1898, acrescentando que a data de nascimento constante no seu BI é 1920. De facto não conseguimos confirmar a data de nascimento.
Tivemos a mesma dúvida quanto ao ano do seu falecimento. Fátima Dionísio aponta 1991. Encontramos, contudo, referência à sua morte no artigo do Diário de Notícias de 4 de Junho de 1991.
A obra dispersa de Marialva merecia uma compilação.
Na Biblioteca Municipal do Funchal encontrará bibliografia sobre o poeta. Entre outros:
O Bebedor de sangue. Funchal: Gráfica Madeirense, 1926.
Um heroi do século vinte. Funchal: Livraria Popular, 1926.
Religião da Beleza / 1º Vol.:Divino Parnaso. Funchal: Gráfica Madeirense, [1926].
Religião da Beleza : 3º Vol.:Iokanan ou o bailado de Salomé. Funchal: Gráfica Madeirense, [1926].
A Nova psicologia: ultimatum à morte: conferência realizada ao microfone do Posto Emissor Rádio Eddystone C.T.3.A.Q.da Beleza/ 2º vol. Vitoria de Samatracia.-45 p.
Natura medicatrix: conferência realizada ao microfone do Posto Emissor Rádio Eddystone C.T.3.A.Q.
Poema: O reino dos génios
Poema: o Duque de Windsor
Poema: Sinfonia do Eu
Poema: autoverdade
Poema: A cortesã do palácio Pitti
Poema: Mickey
O Mistério de invisível: novela isotérica. Funchal: Madeira Ed., 1927.
A Apoteose heróica. Funchal: Typ. "O Povo", 1928.
A Morte do cisne: poema sinfónico. Funchal: s.n., 1923.
O Caso do professor Zarok. Funchal: s.n., 1942.
Bibliografia consultada
MARINO Luís - Musa Insular: poetas da Madeira. Funchal: Editorial Eco do Funchal, [1959]. p.468.
SILVA, Fernando Augusto da; MENESES, Carlos Azevedo de – Elucidário madeirense. Funchal: Secretaria Regional do Turismo e Cultura, 1998. p. 260.
DIONÍSIO, Fátima – Marialva e Pessoa: dois poetas convergentes no Orpheu. Islenha. Nº26 (2000), p. 83-88.
GOUVEIA, Odília – Arquivo Regional participa em congresso nacional. Jornal da Madeira. 21 Março 2007. Série II, ano LXXV, nº 23888. p.13
NÓBREGA, Tolentino de – Octávio Marialva “desmente” a própria morte do Magister. Diário de Notícias-Madeira. Funchal: D.N., 5 de Junho de 1992. p.12
Foi uma das maiores catástrofes que a Madeira conheceu.
Antes e depois deste existiram outros, todavia devido à sua dimensão, danos físicos e materiais ficará para a história como um dos mais inesquecíveis.
O facto ficou a dever-se à intensa chuva que caiu pela manhã em toda a ilha, ou seja, o concelho do Funchal não foi o único afectado,
Embora com menor número, Machico, Santa Cruz, Campanário, Ribeira Brava e Calheta também registaram grandes estragos.
Em relação ao Funchal, a pluviosidade constante e intensa galgou ribeiras e, no caso da Ribeira de João Gomes rebentou em três diversos pontos.
O bairro de Santa Maria Maior foi um dos mais atingidos, sendo o cálculo de 200 mortes só nesta área.
Zonas mais afectadas:
- Ribeira de João Gomes
- Bairro de Santa Maria Maior
- Igreja de Nossa Senhora do Calhau (ficava na margem esquerda da ribeira de João Gomes, entre a Rua de Santa Maria, Rua Nova de Santa Maria. foi erguida por volta de 1430, na altura com espaço apenas para
- Ribeira de Santa Luzia
- Ponte do Bom Jesus
- Rua dos Tanoeiros
- Rua Direita
- Rua Valverde
- Rua de Santa Maria
- Rua do Hospital Velho
Os desalojados foram abrigados em edifícios públicos e privados.
Como depois de qualquer catástrofe, impunha-se uma reconstrução, sendo que o encanamento das ribeiras era o passo prioritário. Foi neste sequência que o governo central enviou à Madeira o brigadeiro Reinaldo Oudinot. Segundo Fernando Augusto da Silva
“ Revelou a maior competencia no desempenho do cargo em que fora investido e nele desenvolveu uma pasmosa actividade, conseguindo num período relativamente curto de tempo fazer o encanamento das três ribeiras que atravessa o Funchal ”
A história de qualquer cidade passa por alterações arquitectónicas ou toponímicas não só devido à sua época, costumes e habitantes mas também devido às (re)construções resultantes de catástrofes naturais.
Bibliografia consultada:
SILVA, Fernando Augusto da; MENESES, Carlos Azevedo de – Elucidário madeirense. Funchal: Direcção Regional dos Assuntos Culturais, 1998. Edição fac-similada da edição de 1940-1946. Vol.1, p.54-56.